Eu procurava por você. Em cada janela, em cada esquina, em cada rua por onde eu andava. E andava sem rumo, como uma criança perdida no escuro. Olhava para as pessoas, elas me olhavam de volta. Em nenhuma delas estava o olhar que eu buscava. Então tentei sorrir e, entre os que retribuíram, não estava o sorriso que eu queria. Continuei andando. Tantas vozes, cheiros, rostos, sonhos... Será que você andava por lá também? E será que me procurava? Não sei. Nunca soube, e nem vou saber. Só sei que agora estou perdida: não no escuro, mas nas minhas ilusões. Antes fosse no escuro.
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