quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013






 Eu te olhei. Uma, duas, três vezes. Olhei de novo. Nossos olhos se encontraram, você sorriu, desviei o meu olhar para outro canto qualquer, mas de algum modo ele sempre acabava parando em qualquer canto daquele lugar, onde novamente encontrava você. 
  
 Procurei saber mais sobre aquele cara que gargalhava bonito e bebia com os amigos no mesmo local onde eu estava naquela noite. Onde já havia estado, tantas outras vezes. Eu costumava ir ali naquele lugar pra fugir do meu quarto frio, dos meus romances, em livros ou dvds.  Eu queria fugir das músicas deprimentes, e do choro constante, que já faziam parte da minha rotina. Costumava ir ali vez ou oura, pra curar alguma paixão não correspondida. Era aonde eu ia pra distrair a mente e enganar o coração. Tomava um bom vinho, quatro ou cinco tequilas, e depois saia dali carregada pelo garçom ou por alguma amiga. 

  Outra vez eu tinha bebido um pouco, a música animada e alta me contagiava e tudo já começava a rodar. Mas enfim, eu te vi. Pelo que me contaram, você era outro cara que com certeza pediria meu telefone, só pra eu perder meu tempo esperando a ligação no dia seguinte - Francamente, nós sabemos, não importa o quanto você queira, o quanto você olhe para o telefone e o tanto de vezes que ensaie o que vai dizer, se você está ansiosa, esperando uma ligação masculina, desista, porque o telefone não vai tocar.
  
 Eu sabia que você era só mais um filho da puta que estava acostumado a fazer com as outras o que muitos fizeram comigo. Tudo igual. No entanto acreditei que dessa vez seria diferente. E sem ligar pras consequências, eu amei você.

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